por Luiz da Nóbrega em Quarta, 20 de março de 2013
em jeito de poema
ou de verso
tudo o que te digo é
porque
quando falo contigo é como entrar dentro
de mim e deixar de ser controverso
-A contagem decrescente foi para voltar
com o Universo
ainda andam as palavras por aqui à deriva
deixa lá, estamos aqui
à deriva pelo universo
tentando num so encontro
desencantar todos os desencontros
Acontecerá.
e os inversos dos clàssicos contos
com os corpos prontos
sem contrapontos nem controversos
e eu que estou aqui a esvaziar
os que querem estar, os que não estão, os derivados da solidão
e outros mais diversos
esparsos?
dispersos....
todos nós
em dispersão, olhando os metatarsos da mão
quando mais nada se pode fazer
-Mas no efêmero da palavra dita, há nas entrelinhas muito mais do que se sente, e o sentir é infinito, se for encontro, se for entrega, se for amor...
ou as metafarsas da situação
quando ....
a palavra é efêmera mas não oca
-Tudo o que descreves, será revisto, será vivido
o sentir, sim, , é infinito, enquanto dura em nos,
e é tudo o que se sabe
já tanta gente viveu a mesma coisa
-A palavra é inundada de sentimentos e finda não por não ter fundamento mas sim por mergulhar na parte de dentro.
toda a palavra
tem de sair e ser por ela própria
lá fora
é para isso que serve
a não ser que, imbuida, de vontades orgânicas se decida a deixar de ser palavra
........
já te avisei que acordei com ideias eróticas
-Tens razão de pensar assim, mas se por outro motivo ela não puder se expressar...há tantas nuances no verbo amar
nuances podem existir muitas
bom, enfim, nunca fui aos bacanais
mas , actualmente, se me pagarem a viagem....
até sou capaz de ir
-Mas a energia latente que faz arder, que sufoca o gemido por não ter, afoga-se na hora passada ou na imagem sonhada.
é
e acaba de desaparecer
porque cultivas isso
se é, enfim,
verdade o que dizes ?
Adriana Mayrinck/Luiz Nobrega
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