segunda-feira, 27 de maio de 2013

tudo

por Luiz da Nóbrega  em Quarta, 20 de março de 2013 
em jeito de poema

ou de verso

tudo o que te digo é

porque

quando falo contigo é como entrar dentro

de mim e deixar de ser controverso

-A contagem decrescente foi para voltar

com o Universo

ainda andam as palavras por aqui à deriva

deixa lá, estamos aqui

à deriva pelo universo

tentando num so encontro

desencantar todos os desencontros

Acontecerá.

e os inversos dos clàssicos contos

com os corpos prontos

sem contrapontos nem controversos

e eu que estou aqui a esvaziar

os que querem estar, os que não estão, os derivados da solidão

e outros mais diversos

esparsos?

dispersos....

todos nós

em dispersão, olhando os metatarsos da mão

quando mais nada se pode fazer

-Mas no efêmero da palavra dita, há nas entrelinhas muito mais do que se sente, e o sentir é infinito, se for encontro, se for entrega, se for amor...

ou as metafarsas da situação

quando ....

a palavra é efêmera mas não oca

-Tudo o que descreves, será revisto, será vivido

o sentir, sim, , é infinito, enquanto dura em nos,

e é tudo o que se sabe

já tanta gente viveu a mesma coisa

-A palavra é inundada de sentimentos e finda não por não ter fundamento mas sim por mergulhar na parte de dentro.

toda a palavra

tem de sair e ser por ela própria

lá fora

é para isso que serve

a não ser que, imbuida, de vontades orgânicas se decida a deixar de ser palavra

........

já te avisei que acordei com ideias eróticas

-Tens razão de pensar assim, mas se por outro motivo ela não puder se expressar...há tantas nuances no verbo amar

nuances podem existir muitas

bom, enfim, nunca fui aos bacanais

mas , actualmente, se me pagarem a viagem....

até sou capaz de ir

-Mas a energia latente que faz arder, que sufoca o gemido por não ter, afoga-se na hora passada ou na imagem sonhada.

é

e acaba de desaparecer

porque cultivas isso

se é, enfim,

verdade o que dizes ?



Adriana Mayrinck/Luiz Nobrega

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